niciativa rendeu o Prêmio Professores do Brasil a docente do Rio de Janeiro
Da Agência Brasil
A música está presente na vida de todos. Na adolescência, ela passa a
ter uma importância maior ainda. Com essas observações, a professora
Vânia Aparecida Silva Corrêa Pinto resolveu fisgar seus alunos pelo
ouvido. A tarefa não foi simples, mas rendeu bons frutos, como o Prêmio
Professores do Brasil.
O projeto Brasileirinho começou em 2005, quando a professora de história e filosofia no Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, propôs estudar na escola as raízes populares da cultura brasileira.
— Percebi no aluno um desinteresse muito grande com relação ao universo da leitura, à cultura popular brasileira. Eu sentia que o aluno não percebia a cultura, a escola, a educação, a leitura como um valor.
O projeto Brasileirinho começou em 2005, quando a professora de história e filosofia no Colégio Estadual Vicente Jannuzzi, na Barra da Tijuca, propôs estudar na escola as raízes populares da cultura brasileira.
— Percebi no aluno um desinteresse muito grande com relação ao universo da leitura, à cultura popular brasileira. Eu sentia que o aluno não percebia a cultura, a escola, a educação, a leitura como um valor.
Então, Vânia propôs criar uma estratégia que pudesse agregar o valor da
leitura à família e à escola como um todo. O repertório escolhido foi o
de Maria Bethânia.
— No CD Brasileirinho, que ela estava lançando em 2005, era um convite para você conhecer o Brasil multicultural. É o Brasil do índio, do negro, do mulato, do branco. E ali eu tinha tudo pra trabalhar desde o descobrimento do Brasil, o espanto que o índio sente ao encontrar os portugueses, depois ela passa pelo povo africano, navio negreiro, Castro Alves e tudo mais, até chegar aos dias atuais.
Apesar de produção da cantora baiana não ter como foco o público adolescente, a professora afirma que só o fato de chegar com um aparelho de som e dizer que vai ter música na aula o aluno já se interessa. A partir daí, o projeto ganhou desdobramentos que passaram pela produção teatral, de dança, pintura, música e literatura.
— Cada ano tem uma nuance, no ano passado teve um enfoque muito grande na literatura, fizemos um sarau musical na escola. Esse ano homenageamos Jorge Amado, que faria 100 anos, e Caetano Veloso, que fez 70. O trabalho deles dialoga entre si. Fizemos [também] mostra de cultura africana.
— No CD Brasileirinho, que ela estava lançando em 2005, era um convite para você conhecer o Brasil multicultural. É o Brasil do índio, do negro, do mulato, do branco. E ali eu tinha tudo pra trabalhar desde o descobrimento do Brasil, o espanto que o índio sente ao encontrar os portugueses, depois ela passa pelo povo africano, navio negreiro, Castro Alves e tudo mais, até chegar aos dias atuais.
Apesar de produção da cantora baiana não ter como foco o público adolescente, a professora afirma que só o fato de chegar com um aparelho de som e dizer que vai ter música na aula o aluno já se interessa. A partir daí, o projeto ganhou desdobramentos que passaram pela produção teatral, de dança, pintura, música e literatura.
— Cada ano tem uma nuance, no ano passado teve um enfoque muito grande na literatura, fizemos um sarau musical na escola. Esse ano homenageamos Jorge Amado, que faria 100 anos, e Caetano Veloso, que fez 70. O trabalho deles dialoga entre si. Fizemos [também] mostra de cultura africana.
O projeto de Vânia ocorre na sala de aula, paralelo aos conteúdos da
disciplina e, esporadicamente, ocorrem atividades no turno contrário,
como passeios, shows e eventos.
— Levamos um livro com a nossa produção para a Academia Brasileira de Letras e fizemos uma visita guiada com o presidente.
De acordo com ela, é preciso trabalhar da melhor forma possível para fazer a diferença na vida do aluno.
— O que me motiva é justamente o movimento, a ação, porque senão a gente fica naquela coisa de samba de uma nota só. Particularmente, [como] estou na escola todos os dias, tenho que estar em um lugar que me traga emoção, que me traga alegria, que me traga felicidade.
E a música foi um instrumento que canalizou a mudança.
— Consegui quebrar com isso a rigidez dos currículos, porque os currículos são rígidos, os livros estão ali, a gente tem que cumprir aquele currículo, então porque não cumprir de uma forma mais lúdica, mais prazerosa? Então eu pensei nisso aí. E o aluno gosta.”
Para a professora Vânia, a educação é um investimento de longo prazo.
— O que desanima são as políticas públicas, que ainda não perceberam a educação como a grande base para o Brasil melhorar, o Brasil prosperar. Acho que isso é cultural.
— Levamos um livro com a nossa produção para a Academia Brasileira de Letras e fizemos uma visita guiada com o presidente.
De acordo com ela, é preciso trabalhar da melhor forma possível para fazer a diferença na vida do aluno.
— O que me motiva é justamente o movimento, a ação, porque senão a gente fica naquela coisa de samba de uma nota só. Particularmente, [como] estou na escola todos os dias, tenho que estar em um lugar que me traga emoção, que me traga alegria, que me traga felicidade.
E a música foi um instrumento que canalizou a mudança.
— Consegui quebrar com isso a rigidez dos currículos, porque os currículos são rígidos, os livros estão ali, a gente tem que cumprir aquele currículo, então porque não cumprir de uma forma mais lúdica, mais prazerosa? Então eu pensei nisso aí. E o aluno gosta.”
Para a professora Vânia, a educação é um investimento de longo prazo.
— O que desanima são as políticas públicas, que ainda não perceberam a educação como a grande base para o Brasil melhorar, o Brasil prosperar. Acho que isso é cultural.
FONTE: http://noticias.r7.com
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